segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Táticas de conquista



Quando voltei à vida de solteira, logo me deparei com um dilema. Ter opinião ou fazer cara de paisagem quando algum carinha te diz uma frase sem noção? Logo optei pela primeira alternativa. Depois de alguns meses, entretanto, tive que rever minhas estratégias. Primeiro por que o mundo anda tão permeado de gente sem noção que, optando por confrontá-los, é provável que você fique discutindo a noite toda. Depois por que entendi que é necessário dar uma segunda alternativa aos homens. Eles andam confusos e freqüentemente dizem melecas. Aquela chegada linda, onde o camarada sabe exatamente o que dizer, tem piadas inteligentes, te faz sentir interessante, é sexy na medida... aquilo é raro, muito, muito raro. Se eu fosse fazer uma estimativa, diria que acontece em menos de 2% das vezes.
Portanto, no afã de “socializar” um pouco mais, decidi ser um pouco mais tolerante. Fiquei pensando, cá com meu lado crítico, que eu tinha era baixado a guarda, ou o padrão, se preferirem. Mas esses dias, assistindo ao Discovery Channel, descobri que essa minha tática é padrão entre as mulheres. De acordo com a pesquisadora Martin Hazelton, da Massey University, a ciência diz o seguinte: qualquer leigo é capaz de dizer se, no jogo da paquera, um homem está interessado em uma mulher. O contrário, entretanto, não é verdadeiro. As mulheres dão corda na linha, deixam o camarada falar. Assim, é muito difícil saber se elas estão verdadeiramente interessadas ou não. A explicação é simples. No primeiro momento, o homem está interessado no básico: se a mulher é bonita, se está em forma, se é sexy, etc. A mulher não. Desde o primeiro momento, ela dá aquela conversadinha, quer saber se o fulano é bacana, se não é um idiota. Enfim... nosso desejo não é tão linear. Resumindo, nossa amiga Emle tem uma frase ótima: os homens se conquistam pelos olhos e as mulheres, pelo ouvido. Não é tão simples, mas é por aí.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Imediatismo já!


Concordo plenamente com a Mafalda...tão bom se tudo fosse mais rápido. Começar a estudar para concurso e passar na primeira prova que se faz. Entrar na academia e estar em forma no dia seguinte. Dar o pé no bofe e estar curada dentro de seis horas. Colocar aparelho nos dentes e ter o sorriso perfeito em duas horas. Por enquanto, no aguardo das inovações tecnológicas.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Alegria súbita

O mundo hoje parece maravilhoso.
E o melhor é que não sei por que.
Não há um novo amor, não há um novo emprego, nenhum novo amigo, nenhuma novidade cheia de luz.
O mesmo, o mesmo.
Mas tudo parece diferente.
Vai ver é por causa do ano novo.
Toda possibilidade parece se abrir diante de mim.
Posso?-pergunto. Sim, posso.
Há uma alegria surda na possibilidade.
Muitas não se concretizarão.
Muitas serão botões mortos antes de se abrir.
Mas elas existem, insistem em existir.
É isso, então, a felicidade?
Essa possibilidade de se alegrar com o mesmo?
As novidades são raras e passageiras.
A grande felicidade é o mesmo.
Esse mesmo denso, massudo, pesado.
É ele que nos faz.
É o que fomos, o que somos e o que seremos.
Hoje, subitamente, esse mesmo me parece maravilhoso.
Minhas mesmas pernas que já foram mais firmes.
Meus braços, minhas mãos.
Tudo que me é familiar.
O eterno gosto por café.
Os dedos finos e ágeis que quase nunca encontram anéis.
Tudo costumeiro, permeado dessa mesmice boa.
Um brinde.
Brindemos ao mesmo, esse que continuará.
Sempre.