Um certo professor de matemática dizia que não dá pra comparar laranjas e bananas. A imagem é ótima. Não dá pra comparar país rico com pobre, gente que estudou a vida inteira e gente que só começou agora, roupa de festa com pijama. E a imagem tem a ver com o tanto de coisa que temos pra contar, tudo ao mesmo tempo: dicas de livros, filmes, músicas, impressões da vida, rotina de trabalho, contos, poesias e qualquer coisa incomparável ou não. Um monte de bananas e laranjas.
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
A nossa casa é em todo lugar
Quem é que fala com esse sotaque? Eu não puxo mais o erre, eu puxo o erre aperrtado e falo porrta quando minha vó está do lado. Ela aprovaria meu erre sem aperto? Ela reconheceria esse erre estrangeiro? Quem então fala com esse erre sem sotaque? Esse erre com sotaque capital? Foi minha irmã que disse, Eu não nego minhas origens. Quais são minhas origens? Minha vó disse, Goianas. Meu pai disse, Holandesas. Holandesas? Minha vó é mineira, meus bisavós mineiros. Mineira, eu? Eu não reconheço as ruas da minha cidade natal. Elas mudam de mão. Minha pátria é a língua. Quero falar muitas.
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