Mostrando postagens com marcador Dança. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dança. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

De bailarina a b-girl

Ai, me descobriram.

Confesso, sou uma dançarina. De balé? Não, bem que tentei. Plié, cambré, arabesque, battement arrondi. Era demais pra mim. Muita força e delicadeza, disciplina e postura, tudo ao mesmo tempo.

Resolvi descambar pra um tipo de dança menos complexa: street dance, a dança de rua. Sim, estou sendo sarcástica; a dança de rua é tão difícil quanto o balé. Lock, pop, break, freestyle. Isso significa giros de corpo, saltos, chutes, balanço de tronco e ombros. Ainda é demais pra mim. Mas, agora, em todos os sentidos.

A batida do baixo e da discotecagem, o movimento marcante, preciso, simétrico ou não, a expressão do corpo e do rosto, a cultura que veio do gueto, tudo isso me cativou. Percebi que a dança de rua é um estilo de vida: nas roupas, no linguajar, nas músicas. Passei a conviver com o rap, o hip hop, MC's, DJ's, b-boys e b-girls, batalhas de dança, seqüências de coreografias quase impossíveis de se fazer (isso me lembra alguma coisa... seria o balé?).

Dizem que o balé é a transformação de uma dança primitiva - baseada em instintos - em movimentos coreografados, com ligações e gestos elaborados. A dança clássica exige rigidez e forma. No street, também há técnica, mas o que importa mesmo é o estilo e a atitude de quem dança. Há liberdade em fazer os movimentos, cada um pode criar o seu. São movimentos coreografados com a volta dos instintos.

A dança de rua é quase como um espasmo. Voluntário ou não. Faz querer dançar mesmo sem saber.

E aí, vamos de pas de deux ou de break?



Antes que perguntem, não estou no vídeo; foi só para exemplificar. Essa é Yeya, uma dançarina sueca que dá workshops de street dance.