terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tenho mesmo que festejar?



Sempre fingi gostar das festas de fim de ano, mas a verdade é que acho um saco. O saldo é o seguinte: dois ou três quilos a mais, uma conta enorme no cartão de crédito, mil sorrisos amarelos nas festas de confraternização e aquelas mesmas cinco músicas de natal tocadas à exaustão em elevadores, lojas, rádios, comerciais de TV e etc. Deve haver alguma alternativa para Jingle Bells e Noite Feliz... mas o pior nem é isso. O pior é aquela conta que apresentamos a nós mesmos a cada fim de ano. Vira lá o seu alterego e pergunta, em meio a baforadas de cachimbo na tua cara: - “Então? Cresceste? Se sente hoje mais bem sucedido do que há um ano? Acredita mesmo que a tua presença neste planeta faz alguma diferença?” A cada pergunta, encho o copo de vinho e dou mais uma colherada naquele pavê de mil calorias. Ah, e ainda tem os fogos... vá entender a graça de jogar pólvora pra cima e assustar cães e gatos. Barulheira terrível e a um custo altíssimo. Mas, pra quem gosta de pular onda, jogar flores para Iemanjá, comer caroço de romã e lentilha, fica aqui o meu desejo de Feliz 2011. Peguei um trechinho de Drummond que achei bacana. Divirtam-se!

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pradiante vai ser diferente" Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Desemprego é o menor desde 2002. PiG pergunta: e agora, quem poderá nos defender?

Desemprego no Brasil é o menor desde 2002, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou em 5,7% em novembro deste ano, um recorde, de acordo com levantamento divulgado hoje, dia 17. Para se ter uma ideia, em março de 2002 a taxa de desemprego era de 12,9%.

O que será que o PiG, que Paulo Henrique Amorim tanto cita, vai dizer dessa vez?

Que é um absurdo substituir as máquinas pelos homens? Que é inaceitável a economia crescer mais do que a população? Que isso prejudica o ócio criativo da força de trabalho em repouso?

Só falta.

Sim, porque, depois de Miriam Leitão dizer que doenças serão agravadas e gastos públicos no Sistema Único de Saúde (SUS) vão aumentar porque muitos brasileiros, com maior renda, já podem comer macarrão e biscoito - e consequentemente, vão ficar obesos e diabéticos - além do puro e simples arroz com feijão, não duvido mais de nada.

Menos ainda desde que ouvi Luiz Carlos Prates dizer que os acidentes de carro cresceram porque "hoje, qualquer miserável tem um carro".



Depois, o palhaço é o Tiririca. Que também o é.